O cidadão e o trânsito!

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“Como ponto de inflexão, que são momentos impulsionadores projetados pela 4ª Revolução Industrial, acredita-se que, com 63,7% de probabilidade, tenhamos no mundo, até 2025, a primeira cidade, com mais de 50 mil habitantes, sem semáforos de trânsito”.

Publicado: 12.04.2021

Entre os diversos direitos sociais enumerados pela Constituição Federal de 1988 encontra-se a segurança, a qual engloba os vários aspectos da ordem pública e a garantia à segurança viária. E neste contexto, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (1) prescreve que o trânsito em condições seguras é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), que darão prioridade em suas ações à defesa da vida (art. 1º,§§ 2º e 5º).

E é claro que toda alteração legislativa que representa avanço em benefício dos cidadãos, sem colocar em risco os atores do trânsito, é sempre bem-vinda.

É por isso que podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

12 de abril de 2021, muda-se o CTB (2); mas a atitude do cidadão no trânsito, a nossa cultura no trânsito… também compartilham de mudança?

Como principal ponto de destaque no CTB, em meu entender, pode-se citar os investimentos em medidas educativas (3).

E, por mais evolução que se tenha na legislação e na tecnologia, o comportamento do motorista, do pedestre, dos gestores e de toda a sociedade são, com certeza, fator preponderante para uma desejada paz no trânsito.

E ao encontro da sonhada paz no trânsito, é preciso dar ênfase às tecnologias e à educação no trânsito. E é por isso que podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

Bem! Em termos de inovação, vou ao encontro do exemplo da Cidade de Moscou (Rússia) (4)! O modelo, testado em 2017, exerce o controle inteligente de tráfego e reduziu em 40% os congestionamentos na Cidade de Moscou. Lá, nenhuma novidade do que já se conhece; pois o sistema utiliza câmeras, sensores a laser e outros dispositivos para prever a demanda em tempo real e regular os tempos dos semáforos. Como Adido Militar, morei em Moscou em 2011 e 2012. Na oportunidade, falava-se das distâncias em horas. Agora, deve estar bom demais da conta! Deve estar sensacional!

E nesta rota de prosperidade, onde será o OÁSIS TECNOLÓGICO DO CENTRO-OESTE! Na sua cidade? Na nossa cidade? Então, cabe buscar os bons exemplos próximos a nós! É o caminho que pretende trilhar Aparecida de Goiânia (5). E bons exemplos devem ser seguidos! E Goiânia deve caminhar lado a lado com Aparecida de Goiânia na busca de uma região mais acolhedora, mais tecnológica e mais próspera (6).

O plano de voo está lançado.

E é por isso que podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

Está curioso? Pesquise, participe, acesse:

http://www.aparecida.go.gov.br/aparecida-avalia-implantar-sistema-de-semaforos-inteligentes/

E acesse também:

https://www.aparecida.go.gov.br/gustavo-mendanha-apresenta-projeto-cidade-inteligente-ao-prefeito-de-goiania/

E mesmo que sejam implantadas soluções tecnológicas facilitadoras, a conscientização do motorista é fundamental, como explica o professor David Duarte, presidente do Instituto de Segurança no Trânsito (IST), de Brasília (DF); registrando “que a tecnologia pode se tornar um dos maiores aliados da humanidade na missão de reduzir os acidentes e as fatalidades no trânsito. Mas a consciência, o respeito, a atenção e as ações humanas continuarão tendo um papel fundamental nesse caminho.” (7).

E por trazer luz ao tema, não se pode deixar de registrar que este grande desafio chamado trânsito é uma questão de saúde pública! O Relatório Anual da Seguradora Líder-DPVAT de 2020 (8) registrou 33.530 indenizações por morte, 210.042 indenizações por invalidez permanente e 67.138 indenizações por despesas médicas; somando-se 310.710 indenizações.

E voltando à tecnologia, como ponto de inflexão, que são momentos impulsionadores projetados pela 4ª Revolução Industrial (9), acredita-se que, com 63,7% de probabilidade, tenhamos no mundo, até 2025, a primeira cidade, com mais de 50 mil habitantes, sem semáforos de trânsito.

E o carro autônomo, que já está aí, tem por conceito o aumento da segurança viária; e como afirma Marcia Asano (7) “No início, pode causar estranheza e teremos que passar por um período de reeducação até que toda a sociedade se acostume. E serão necessárias mudanças na estrutura viária, como vias separadas para pedestres, ciclistas, motos, carros com motoristas e carros autônomos”.

Mas este assunto será abordado em outra oportunidade!

E sobre o atual momento do cidadão e do trânsito, fica o desafio!

Pois podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

 

Brigadeiro Bragança

Comandante da Base Aérea de Anápolis em 2008-2009

Com a colaboração de Alberto Azevedo

Advogado, pós graduado em Direito Constitucional e Administrativo e especialista em Direito de Trânsito

Fontes:

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