Clima impacta segunda safra em Goiás

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Levantamento aponta que grãos como trigo, arroz, feijão, soja e sorgo devem ter aumento na produção. Mesmo com estimativa de perda na safrinha de milho, Estado mantém quarta posição. A aposta é uma colheita de 24,15 milhões de toneladas de grãos neste ciclo

Publicado: 11.08.2021

Para o feijão, a expectativa é de crescimento de 6,3% em relação à safra 2019/2020, com estimativa de 353,9 mil toneladas de grãos e produtividade de 2,4 toneladas (Foto: Seapa)

Apesar de quedas em alguns indicadores de segunda safra em virtude de fatores climáticos, a expectativa é que culturas como trigo, arroz, feijão, soja, sorgo e gergelim cresçam ou se mantenham estáveis, em Goiás, na temporada 2020/2021, conforme aponta o 11º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta terça-feira (10/8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa é de que o Estado colha 24,15 milhões de toneladas de grãos neste ciclo, mantendo o 4º lugar geral no ranking nacional da produção.

No caso da cultura do feijão, a expectativa é de crescimento de 6,3% em relação à safra 2019/2020, com estimativa de 353,9 mil toneladas de grãos colhidos, em uma área plantada de 144,5 mil hectares (aumento de 4,1% em relação à safra anterior) e produtividade de 2,4 toneladas por hectare (aumento de 2,1% em relação à safra passada).

Outras culturas que se destacam, em Goiás, são o trigo, com expectativa de incremento de 39,9% na produção, atingindo 129,3 mil toneladas; arroz, com aumento de 8,7% na produção (130,9 mil toneladas); soja, crescimento de 4,3% (13,7 milhões toneladas); e sorgo, com aumento de 1,5% (1,1 milhão de toneladas).

Conforme aponta o boletim divulgado pela Conab, as dificuldades apontadas no ciclo atual fazem referência tanto às geadas observadas nas últimas semanas, quanto ao estresse hídrico que tem impactado mais diretamente algumas culturas, como a do milho. “O agronegócio goiano mostra sua força mesmo nos momentos mais difíceis, como neste ano que se mostrou desafiador do ponto de vista do clima”, avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. “Essa diversidade da produção goiana possibilita minimizar as perdas em períodos desafiadores, mantendo a relevância do Estado no ranking nacional e garantindo também emprego e renda no campo”, completa.

Gergelim

Uma cultura cuja produção se mantém estável no Estado, apesar da observada queda em estados vizinhos, é a do gergelim. O levantamento indica que Goiás deve se manter estável tanto em relação à área plantada (de 3 mil hectares), quanto na produtividade (0,5 tonelada/hectare). Nos últimos 10 anos, a produção nacional do grão cresceu mais de 20 vezes e Goiás saiu na frente da maioria dos Estados (atrás apenas de Mato Grosso). A previsão é entregar 1,5 mil tonelada na Safra 2020/2021, volume estável em relação à safra anterior.

Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que a estatal já lançou oito cultivares de gergelim e que elas respondam por 25% da área plantada com o grão no País. Segundo a empresa, o trabalho está sendo feito pela Embrapa Algodão, na Paraíba, com objetivo de desenvolver cultivares adaptadas às condições edafoclimáticas do Cerrado e de outras regiões potenciais, com tolerância às principais doenças e pragas, teor de óleo acima de 50% e rendimento médio de grãos superior a 1.500 quilos por hectare.

Dados do IBGE

Também foi divulgado nesta terça-feira (10/8), o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados revelam a expectativa de avanço da produção de laranja (12,4%), mandioca (10,9%), uva (11%) e banana (5%) no Estado.

Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)

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