Brigadeiro Bragança: Cansei do descaso com a ética!

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“Então, você, cidadão, deve observar as atitudes dos agentes públicos e fazer o seu julgamento. É legítimo e é a sua contribuição para a sociedade!”

Publicado: 17.08.2021

Rotineiramente, observa-se lá e cá uma total falta de ética em algumas atitudes que presenciamos em nosso cotidiano. E quando a atitude com total falta de ética vem de uma figura pública, o que você, leitor e eleitor, pensa do tema?

Atento a algumas atitudes de gestores públicos sem ética, trato do tema com base no trabalho Ética na Gestão Pública (1) de Antônio Pereira Cândido que, com certeza, é uma boa leitura para você, cidadão atuante; pois, afinal, gestão sem ética não é gestão!

Ao nosso redor, fala-se em nosso julgamento cotidiano em… agiu com ética, agiu sem nenhuma ética; mas qual o significado? Afinal, a ética deve convergir para os nossos valores declarados; concorda?

“Ética, portanto, é o conjunto de atitudes concretas que tornam a casa arrumada, fazendo com que seja possível morar nela. Ética está relacionada com moral porque é, fundamentalmente, um conjunto de atitudes morais.” (1).

E é por isso que podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

E, salvo melhor juízo, todo agente público cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro e a ética está sujeito a julgamento. Código de ética, comissão de ética… também são lugares da palavra ética, por vezes, deslocados do conjunto moral de atitudes da sociedade e jogados no grupo de ‘outros interesses’.

Quando se fala em ética, fala-se das atitudes… as quais encontram fundamentos no Art. 37 da Constituição Federal (CF) (2).

E é óbvio que “A cobrança dos cidadãos, não é demais repetir, não se esgota com o voto, senão com a participação ativa na vida política de seu munícipio, cobrando de seus administradores, legisladores, juízes, promotores de Justiça e agentes públicos em geral a conduta ética e o cumprimento da legalidade, analisando, por exemplo, as contas do Município, a existência de escola ou o atendimento de saúde adequado. O Governo deve radicalizar quanto à conduta moral de seus agentes. Administrar não é mero exercício da vaidade. Moralizar a política, não é lugar-comum ressaltar, significa romper os elos promíscuos entre o Poder Público e a esfera privada […]. A separação entre essas duas esferas impõe-se para o ensejar da transparência e da luta contra o tráfico de influência e a corrupção. O controle popular, o judicial e o administrativo constituem imposição democrática para a evolução, enquanto a ausência de limites conduz à involução e às amarras da ignorância política.” (1).

Então, você, cidadão, deve observar as atitudes dos agentes públicos e fazer o seu julgamento. É legítimo e é a sua contribuição para a sociedade!

Fica o desafio!

Pois podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

 

Brigadeiro Bragança

Comandante da Base Aérea de Anápolis em 2008-2009

 

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