Balança comercial goiana bate recorde histórico com alta de 456%

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Exportações também apresentam números inéditos com consolidação das vendas em US$ 1,58 bilhão. As commodities foram as maiores impulsionadoras dos números, com o complexo da soja alcançando 42,4% do total vendido pelo Estado para outros países, o que significa um crescimento de 504% da comercialização do produto, quando comparado com o mesmo período do ano passado

Publicado: 09.03.2022

Goiás bateu recorde histórico no comércio exterior no primeiro bimestre de 2022: a diferença de saldo entre as vendas e compras internacionais realizadas pelo Estado foi de US$ 610 milhões, o que representa um salto de 456% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado é fruto de US$ 1,58 bilhão em exportações, que também é o recorde de vendas internacionais de dois meses, contra US$ 975,3 milhões em importações.

As commodities foram as maiores impulsionadoras dos números, com o complexo da soja alcançando 42,4% do total vendido pelo Estado para outros países, o que significa um crescimento de 504% da comercialização do produto, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

As carnes ocupam o segundo lugar em volume de vendas internacionais, com 20,3% do exportado por Goiás nos dois meses; seguido das ferroligas (9,6%); ouro (5,6%); sulfeto de cobre (4,5%); e o complexo do milho (4,2%). Com isso, as exportações fecharam com crescimento de 107,79%.

“Enxergo Goiás como sendo o Estado com maior capacidade de desafiar o momento de crise”, afirmou o governador Ronaldo Caiado. “Podem ter certeza de que, neste ano, nós temos tudo para dar a grande virada. Goiás está preparado”, completou.

“São números que impressionam. Fizemos levantamento sobre esses dados desde 2002 e o crescimento das exportações e do saldo da balança comercial é altamente positivo. E a tendência é a de melhorar ainda mais quando o escritório de representação da Apex for instalado em Goiânia”, apontou o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna.

Distribuição

Os municípios goianos que mais enviaram produtos para outros países no período foram Rio Verde, Jataí, Barro Alto, Mozarlândia e Luziânia, com principais compradores a China, Holanda, Estados Unidos, Índia e Japão.

Já as importações do acumulado do ano tiveram uma alta de 4,41% na comparação com o primeiro bimestre de 2021, com cooperações expressivas pela compra de adubos, sendo 29,5% do total adquirido por Goiás; seguido dos combustíveis minerais e óleos minerais (17,9%); produtos farmacêuticos (15,7%); e veículos, tratores e demais da categoria (8,8%).

China; Argentina; Estados Unidos; Rússia e Canadá foram os países que mais enviaram produtos para o território goiano, com principais destinos Catalão; Anápolis; Cachoeira Dourada; e Aparecida de Goiânia.

Com isso, Goiás ocupa o 10º lugar no ranking brasileiro de exportação e 12º no de importação no bimestre.

Mais um salto

No mês passado, o crescimento do comércio exterior foi ainda mais expressivo na comparação com fevereiro de 2021, com alta de 524,5%, resultado de US$ 811,5 milhões em exportações contra US$ 421,3 milhões em importações, o que garantiu saldo de US$ 390,2 milhões.

As vendas internacionais deram um salto de 111,3% no mês e as compras desaceleraram 10,7%, com uma redução de mais de US$ 50,8 milhões em gastos com importações. Nesse sentido, Goiás é o nono Estado que mais exportou no mês e 11º do País em número de importações.

Os dados são do Ministério da Economia e foram consolidados com a divulgação dos indicadores da balança comercial de fevereiro.

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