Goiás terá novo recorde na produção de grãos

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Número vai ao encontro da projeção feita pelo governador Ronaldo Caiado na abertura da safra da soja no mês passado, em Catalão. Culturas como soja, milho, girassol e trigo têm destaque no aumento da expectativa

Publicado: 11.03.2022

Revisão da estimativa da produção de grãos na safra 2021/2022 aponta que Goiás deverá ultrapassar a marca de 30 milhões de toneladas, alcançando novo recorde. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (10/03), no 6º Levantamento da Safra 2021/22, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A previsão (30,159 milhões de toneladas, no total) vai ao encontro da estimativa idealizada pelo governador Ronaldo Caiado, na abertura da colheita da safra de soja, realizada no último mês, em Catalão. “Vamos arregaçar as mangas, pois queremos chegar a 30 milhões de toneladas de grãos. Tenham a convicção de que nós teremos a maior safra”, projetou o governador à época.

Caso confirmada a estimativa da Conab, Goiás deverá registrar aumento de 22,6% em relação à safra 2020/2021, que foi de 24,6 milhões de toneladas de grãos, e se aproximar do segundo maior produtor nacional, o Paraná, cuja estimativa de produção é de 32,5 milhões de toneladas.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça, a revisão feita pela Conab que estima a produção idealizada pelo Governo de Goiás é resultado de uma série de fatores, que incluem a participação do Estado ofertando crédito e dinamizando o campo, com a entrega de máquinas e políticas públicas voltadas ao setor.

“Temos trabalhado com o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), por exemplo, ofertando crédito aos produtores. E os investimentos na produção de grãos sempre se destacam entre as propostas aprovadas”, avalia o secretário. “Além disso, em outra frente, o Governo de Goiás, em parceria com a bancada federal, já entregou mais de 740 máquinas às prefeituras no interior, por meio do programa Mecaniza Campo, contribuindo para a manutenção das estradas vicinais e melhorando as condições de escoamento dessa produção. Todos esses fatores contribuem para elevar a produção”, disse o chefe da Seapa.

Culturas

O maior destaque se dá em relação à produção de soja e de milho segunda safra – cujo plantio segue após a colheita da soja. A expectativa da Conab é de aumento da área plantada, produção e produtividade nas duas culturas.

A soja deverá ter aumento de 10,2% na produção, passando de 14,5 milhões de toneladas (safra 20/21) para 16 milhões de toneladas (safra 21/22). A área plantada é estimada em 4 milhões de hectares (aumento de 2,2%) e a produtividade esperada em 3,9 mil quilos por hectare.

Já o milho de segunda safra, cuja produção sofreu decréscimo no ciclo passado, tem expectativa positiva para a safra 2021/2022. A expectativa da safrinha que está sendo plantada agora é de que o grão alcance a produção de 10,4 milhões de toneladas, bem acima do ciclo passado, quando foram colhidas 6,8 milhões de toneladas (crescimento de 53,6% na atual safra). Caso se confirme a estimativa, a produção de milho total no Estado (1ª e 2ª safras) deve ser de 12,2 milhões de toneladas (aumento de 44,9%).

Outras culturas também têm expectativa de crescimento para esta safra em relação ao ciclo anterior, que incluem o girassol (37,8 mil toneladas – aumento de 89%), trigo (174,5 mil toneladas – aumento de 35%), feijão 2ª safra (71,1 mil toneladas – aumento de 8,4%) e de algodão (131,1 mil toneladas – aumento de 11,7%).

Mais crescimento

Também foi divulgado nesta quinta, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja atualização aponta destaque para culturas como cana-de-açúcar, café arábica e uva. A produção de cana-de-açúcar deve ser de 75 milhões de toneladas (aumento de 3,4%), enquanto a de café é estimada em 17,1 mil toneladas (aumento de 4,8%) e de uva em 1,7 mil toneladas (aumento de 13,3%). O tomate, importante produto da pauta agrícola goiana, também tem produção com números expressivos e deve alcançar o total de 971,4 mil toneladas, se firmando novamente como primeiro lugar no ranking nacional da produção.

Foto: Enio Tavares e Secom

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