Pesquisa de preço de materiais escolares e fiscalização de papelarias pelo Procon Anápolis auxiliam pais na volta às aulas
Um item foi encontrado com diferença de mais de 400% entre os estabelecimentos visitados e órgão adverte para importância de o consumidor comparar valores antes da compra
Publicado: 05.01.2023
Foto: Bruno Velasco
Com a proximidade da volta às aulas, é a hora dos pais começarem a corrida para a compra dos materiais escolares. E para assegurar o direito do consumidor, as equipes do Procon Anápolis estão fiscalizando, até a próxima semana, papelarias da cidade. O objetivo é verificar a divergência de preços (se o valor fixado no produto é o mesmo cobrado no caixa), se todos os itens estão precificados e se há no estabelecimento o número do órgão, a placa da Lei do Troco e o Código de Defesa do Consumidor.
Entre as papelarias já visitadas, foram encontradas irregularidades principalmente em relação à falta de preço nos produtos e à diferença nos valores que estão etiquetados nos itens para o momento em que eles são passados no caixa. “Todas essas situações são verificadas com o intuito de dar aos pais tranquilidade nas compras, segurança e informação suficiente para que possam fazer suas escolhas com economicidade”, disse o diretor do Procon Anápolis, Wilson Velasco, que explicou que, “encontrada alguma irregularidade, é feito um termo de constatação que é entregue à empresa, que tem um prazo para defesa. Caso a justificativa seja insuficiente, ela será notificada e autuada”.
Antes da fiscalização, foi realizada entre os dias 2 e 3 de janeiro uma pesquisa informando aos pais a variação dos preços dos materiais escolares básicos. “Encontramos disparidades enormes, produtos com mais de 400% de diferença de um local para outro”. A orientação do Procon é que, previamente, os pais sempre façam um levantamento de preços em pelo menos três estabelecimentos. “Da mesma forma, nós aconselhamos quem ainda não foi às compras que verifique a pesquisa do Procon disponível no site da Prefeitura, onde os pais terão acesso a 32 itens que foram checados em cinco estabelecimentos”, apontou o diretor.
A pesquisa citada revela que o item que mais sofreu variação foi a borracha branca nº 40 (460%), com preços entre R$ 0,50 e R$ 2,80. Em seguida veio a régua acrílica de 30 cm, com oscilação de 380% e valores entre R$ 1,25 e R$ 6. O relatório pode ser conferido na íntegra em https://www.anapolis.go.gov.br/pesquisas-procon/. Na lista consta o menor e o maior preço de cada item e sua respectiva variação.
De acordo com Wilson Velasco, todos os anos há uma disparidade nos preços dos produtos que fazem parte da lista de materiais escolares e o principal fator está nos produtos que são derivados do látex e do plástico. “Então, com a pandemia, houve um acréscimo de preços de muitos desses produtos industrializados e normalmente no início dos anos letivos há uma tendência de aumento de valor nos itens desses segmentos. Estamos de olho justamente para tentar coibir e orientar a sociedade”.