Transplantes de rins transformam vidas dos pacientes do HGG

Alcira Aparecida

Alcira Aparecida tem 60 anos e há 8 anos convivia com problema renal (Foto e texto: Mariana Rodrigues)

Publicado: 26.01.2024

No mês de janeiro de 2024, o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) já realizou sete transplantes de rins. Esses transplantes são de extrema importância para os pacientes, que passam a ter uma melhora significativa na qualidade de vida. Além disso, o HGG recebeu a classificação nível A do Ministério da Saúde, o que indica um alto padrão de excelência no tratamento de pacientes renais.

“O transplante renal é capaz de mudar a vida do paciente renal crônico, que muitas vezes fica preso a uma máquina de diálise. Essa cirurgia transformadora oferece mais liberdade e oportunidades para as pessoas, permitindo que elas viajem, tenham mais tempo para si e para a família. E essa classificação que mostra que o hospital está no caminho certo e reafirma a qualidade dos serviços prestados”, ressaltou o urologista Theo Rodrigues.

TRANSPLANTES DE RINS

A paciente Dayse Carvalho de Oliveira, de Itaberaí, descobriu a Nefropatia por IgA em 2018, e passou por um tratamento conservador por um ano e depois internou para fazer hemodiálise por um mês. A paciente conta que estava na fila há 9 meses e que quer voltar a ter uma vida normal, pós transplante.

“Ficamos um pouco presos. Não quer dizer que não podemos viajar, mas são viagens mais curtas, com restrições. Voltar a beber água normal”.

Reyes Rodrigues Monteiro, tem 42 anos, e descobriu o problema renal aos 14 anos e que faz hemodiálise há 13 anos. Reyes ainda tem alguns planos.

“Viajar mais e eu queria sinceramente desaposentar. Ir ao INSS e dizer que não quero mais ser aposentado”, brincou.

Alcira Aparecida Ferreira Morais tem 60 anos e há 8 anos convivia com o problema. Fazia hemodiálise há 1 ano e 3 meses e estava na fila de transplante há 3 meses.

“Eu comecei a chorar, quando recebi a ligação”, conta.

TRANSPLANTE E CUIDADOS

As principais doenças que podem levar à necessidade de um transplante renal são o diabetes e a hipertensão, que são as duas causas mais comuns de doença renal crônica. No entanto, as glomerulopatias e as complicações renais pós-covid também estão se tornando fatores importantes nesse cenário.

No pós-transplante, é fundamental que os pacientes estejam atentos às possíveis complicações, como infecções e rejeição do órgão transplantado. O acompanhamento médico próximo no primeiro ano e o uso adequado de medicações são essenciais para garantir o sucesso do transplante.

NOTA MÁXIMA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Serviço de Transplante Renal do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) foi classificado como Nível A. Nota máxima na avaliação de indicadores do Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot). A classificação permite que o serviço receba um incremento financeiro de 80% para a realização de procedimentos na unidade.

O HGG é referência no Serviço de Transplante Renal e já realizou 865 procedimentos desde a implantação em 2017, o que o coloca como o maior hospital transplantador de rim do Centro-Oeste brasileiro. Esses números também colocam Goiás como o 10º estado em número desse tipo de procedimento no país, segundo uma pesquisa publicada em setembro de 2023 pelo Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Editado por Juliana Carnevalli via Secretaria da Saúde – Governo de Goiás

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