Michele vôa para os Estados Unidos, após PF bater de novo na porta de Bolsonaro
Publicado: 09.02.2024
A serenata da “Paula Fernandes” (PF) não agradou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela está prestes a embarcar para uma “turnê” por igrejas evangélicas nos Estados Unidos, acompanhada pela ex-ministra e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF). A viagem, já anunciada publicamente, continua confirmada mesmo após a recente operação da Polícia Federal que visitou outra vez a residência de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ) e foi também na captura de generais e ex-ministros do governo de seu marido.
A Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), apreendeu o passaporte de Bolsonaro e o proibiu de manter contatos com outros investigados, incluindo Valdemar Costa Neto, presidente de seu partido, o PL, que foi preso após a PF por porte ilegal de arma durante ação de busca e apreensão em sua residência.
Essas medidas fazem parte de uma operação que investiga uma suposta organização criminosa envolvida na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
“Claro (que a viagem de Michelle está mantida). São várias igrejas nos esperando”, afirmou Damares, garantindo a continuidade dos planos na tarde de quinta-feira (8), segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.
O roteiro inclui eventos entre os dias 12 e 16 de fevereiro em cidades como Orlando e Pompano Beach, no estado da Flórida; Atlanta, capital do estado da Geórgia; e Boston, capital de Massachusetts. A programação prevê a participação das duas figuras públicas em eventos religiosos e encontros com a comunidade evangélica nos Estados Unidos.
Damares Alves, Michelle e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
Após ser alvo da Operação Tempus Veritatis, Jair Bolsonaro reclamou que acabou sua “folga” e disse “não entender” as acusações contra ele e seus aliados. A corporação cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.
“Acabou minha folga. Vejo colega sendo preso, é muito ruim. Não entendo… Tentativa de golpe. Fizemos uma transição sem problemas. A pedido do Lula, nomeei os três comandantes de Força escolhidos por ele em dezembro. Como vou nomear comandante de Força dele e dar um golpe depois?”, afirmou à coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.