Doenças evitáveis por vacinação aumentam na Europa
Alerta é do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças
Publicado em 23/04/2024 – Por Lusa* – Estocolmo
As doenças evitáveis por vacinação estão aumentando nos países da União Europeia (UE) e do Espaço Econômico Europeu (EEE), alertou nesta segunda-feira (22) o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC) no âmbito da Semana Europeia da Vacinação.
A iniciativa, da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa, realizada desse domingo (21) até o dia 27, visa “celebrar os sucessos e a capacidade da vacinação em manter várias gerações protegidas contra doenças evitáveis, permitindo vidas mais plenas e saudáveis”.
“É desanimador ver que, apesar de décadas de um histórico bem documentado de segurança e eficácia das vacinas, os países da UE/EEE [Noruega, Islândia e Liechtenstein] e em nível mundial ainda enfrentam surtos de várias doenças evitáveis por vacinação”, afirmou a diretora do ECDC, Andrea Ammon, citada em comunicado da agência europeia.
Dados divulgados hoje pelo ECDC mostram que doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo e a tosse convulsa, têm aumentado após a diminuição dos níveis durante a pandemia de covid-19, acrescentando que “alcançar e manter uma elevada taxa de vacinação, vigilância de doenças e ações de resposta rápida para controlar surtos continuam a ser as principais ações contra essas doenças”.
O número de casos de sarampo começou a aumentar em 2023 e a tendência manteve-se em vários Estados-Membros da UE, tendo sido notificados entre março de 2023 e o final de fevereiro de 2024, “pelo menos 5.770 casos, incluindo pelo menos cinco mortes”.
Levando em conta a facilidade com que o sarampo se espalha, o ECDC considera essencial que 95% da população tenham sido imunizados com duas doses da vacina para interromper a transmissão.
Em relação à tosse convulsa, dados preliminares indicam aumento de mais de 10 vezes nos casos em 2023 e 2024 em comparação com 2022 e 2021, diz o comunicado.
O ECDC defende que são “essenciais esforços contínuos para identificar lacunas de imunidade na população”, pedindo um “trabalho adicional” para “garantir que ninguém seja deixado para trás, especialmente entre as populações vulneráveis e desfavorecidas, como refugiados, migrantes, requerentes de asilo e outros grupos”.