Projeto Defensores Mirins leva ações da Agrodefesa ao público infantil
A iniciativa, idealizada pela Gerência de Educação Sanitária da Agrodefesa, buscará levar as temáticas da defesa agropecuária para crianças e adolescentes em idade escolar, por meio de concursos, brincadeiras e divulgação sanitária em escolas públicas e privadas da rede estadual de ensino.
“Esse projeto de educação sanitária tem uma grande importância na formação de cidadãos conscientes de como a defesa agropecuária é importante no dia a dia da população”, explica o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
“Por meio de atividades dentro das escolas, vamos fazer com que esse público conheça, por exemplo, a importância de verificar se um produto de origem animal, como queijo ou mel, possui um Selo de Inspeção, que é garantia de que o produto é seguro para consumo”, acrescenta.
De acordo com a gerente de Educação Sanitária da Agrodefesa, Telma Gonzaga, serão trabalhadas temáticas que fazem parte do universo infantil e que se relacionam com as ações no campo de segurança da produção e do alimento que essa criança consome.
“Temos iniciativas semelhantes em outros estados que mostram como esse tipo de informação pode beneficiar tanto as crianças, como suas famílias. Ajuda na hora de consumir um produto ou mesmo saber sobre a importância do combate a pragas e doenças no campo, como a raiva transmitida por morcegos hematófagos, por exemplo”, acrescenta.
As atividades serão desenvolvidas, inicialmente, em seis municípios:
- Goiânia (Escola Piaget),
- Anápolis (Escola Municipal Deputado José de Assis),
- Corumbá de Goiás (Escola Paroquial Nossa Senhora da Penha),
- Formosa (Escola Agrícola de Formosa Lucila Saad Batista),
- Santo Antônio do Descoberto (Escola Municipal de Ensino Fundamental Adair Martins Pereira)
- e Piracanjuba (CEPI Ruy Brasil Cavalcante; Escola Militarizada Mundo Mágico; e Escola Municipal Serra Negra).
A primeira atividade do projeto será realizada na próxima segunda-feira (07/10), na Escola Municipal Deputado José de Assis, em Anápolis, sobre o tema Alimento Seguro.
“Serão atividades piloto do projeto, desenvolvidas com crianças de 10 a 12 anos, a serem replicadas em outras unidades escolares, tanto da rede pública, quanto da privada. As escolas interessadas podem procurar a Agrodefesa para replicarmos as ações já existentes e elaborarmos novas atividades de acordo com a demanda”, acrescenta Telma.
As ações da Gerência de Educação Sanitária do Projeto Defensores Mirins são vinculadas ao Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária (Proesa-GO), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Referências lúdicas e científicas
Para o desenvolvimento do Projeto Defensores Mirins, a equipe da Comunicação Setorial da Agrodefesa também idealizou a criação de personagens lúdicos que vão auxiliar no desenvolvimento de histórias e atividades a serem aplicadas em sala de aula, em parceria com os professores.
De acordo com o chefe da Comunicação Setorial da Agrodefesa, Fernando Dantas, foram criados personagens representando cada uma das áreas de atuação da Agrodefesa e seus nomes homenageiam importantes figuras públicas que trabalharam em prol do agro no país.
“Queríamos criar personagens que remetessem às atividades que a Agrodefesa realiza para mostrar, por exemplo, como uma criança enxerga a importância da vacinação do gado contra a raiva. Poderemos transformar isso em quadrinhos que mostram que o gado vacinado é sinônimo de que a carne que essa criança vai consumir está livre de doenças. É uma informação, inclusive, importante para toda a sociedade”, reforça.
A elaboração dos personagens contou com a participação do designer da Comunicação Setorial da Agrodefesa, Hellian Patrick, e do jornalista Renan Rigo.
Defensores Mirins – conheça os personagens
Nai
Nai representa as ações da Sanidade Animal da Agrodefesa. Ela ama animais e usa botas especiais que lhe dão força e agilidade, além de possuir um laço mágico capaz de proteger e curar animais. Seu nome é em homenagem a Nair Eugênia Lobo, a primeira mulher diplomada em Medicina Veterinária no Brasil, na turma de 1929, pela Escola Superior de Agricultura e Veterinária, hoje Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Aly
Aly adora mexer com a terra e cultivar plantas, por isso representa a Sanidade Vegetal. Entende tudo sobre vegetais e instrumentos de produção. Possui luvas especiais que lhe permitem detectar e eliminar pragas em plantações, além de um cinto de utilidades de jardineiro, que emite uma energia que revitaliza plantas doentes e protege os cultivos contra ameaças.
A inspiração de seu nome é em homenagem ao engenheiro agrônomo Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura que modernizou a Embrapa e promoveu ações que fizeram desenvolver a produção agrícola no Cerrado, na década de 1980, sendo que, em 2006, recebeu o World Food Prize, correspondente ao Nobel de alimentação.
Rubico
Rubico é muito inteligente e correto. Representa a Fiscalização Agropecuária, sendo capaz de processar informações complexas em segundos, garantindo que a turma não cometa erros em suas atividades. Seu nome é em homenagem a Rubens Andrade de Carvalho, ou Rubico Carvalho, um dos nomes mais importantes do País para o aperfeiçoamento do nelore e da pecuária de corte brasileira.
Otto
Otto é observador e metódico. Costuma analisar se tudo está funcionando corretamente e é especialista em limpeza e cuidado. Representa a Inspeção da Agrodefesa. Ele tem uma super visão que permite que possa detectar instantaneamente qualquer contaminação ou irregularidade nos produtos, garantindo a segurança da turma. Seu nome é em homenagem a Otto de Magalhães Pecego, um entusiasta do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que defendia a importância do tema.
Jô
Jô gosta de investigar o mundo e ama ciência. É a representante dos três laboratórios da Agrodefesa: Laboratório de Análise de Sementes (LabSem), Laboratório de Diagnóstico Veterinário (LabVet) e Laboratório de Controle de Qualidade dos Alimentos (LabQuali). Ela usa uma lupa especial para analisar e descobrir soluções para os problemas da turma. Com ela, consegue identificar pragas microscópicas, avaliar a saúde do solo e desenvolver técnicas inovadoras para melhorar a produção agropecuária. Seu nome é em homenagem à Johanna Döbereiner, engenheira agrônoma, pioneira em biologia do solo. É uma das cientistas brasileiras mais importantes da história, responsável por pesquisas com fixação biológica do nitrogênio, o que permitiu que milhares de pessoas consumissem alimentos mais baratos e saudáveis, e lhe valeu a indicação ao Prêmio Nobel em 1997.
Lia
Lia tem grande conhecimento sobre o mundo agropecuário e as ações que precisam ser feitas para garantir que tudo ocorra bem. Por isso, representa a educação sanitária, estando sempre disposta a ajudar todo mundo com informações corretas e boas práticas. Seu nome é em homenagem a Anália Franco, considerada a dama da educação brasileira. Professora desde os 15 anos, destacou-se pelo trabalho com grupos e classes marginalizadas. Em um período onde o acesso à escola era um privilégio de poucos, principalmente na zona rural, Anália foi a responsável por levar a educação até milhares de trabalhadores das lavouras, incluindo mulheres.