Vereadores acionam o MP para apurar responsabilidade sobre medicamentos vencidos

Cinco vereadores protocolaram pedido no Ministério Público (MP), para que o órgão investigue os responsáveis pelo vencimento de medicamentos no almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). A iniciativa foi de Thaís Souza (PSL), Deusmar Chaveiro (PSL), Vilma Rodrigues (PSC), Lélio Alvarenga (PSC) e Leandro Ribeiro (PTB).

“Esse fato se tornou público na semana passada e é um absurdo. Esses remédios vencidos fazem falta nos postos de saúde. São medicamentos, seringas, luvas, kits de testagem de HIV. Nossa ideia é evitar que essa tragédia aconteça novamente. Pedimos que o Ministério Público busque esclarecimentos e identifique os responsáveis”, justificou Lélio Alvarenga.

Lélio acrescentou ainda que no estoque de remédios vencidos estava as “canetinhas para teste de glicose em diabéticos”, insumo que, segundo o vereador, estava em falta nas unidades de saúde do município. “Nosso objetivo é de esclarecer para população o que aconteceu para que essa quantidade de remédios vencesse no almoxarifado enquanto as unidades de saúde não tinham estoque suficiente para atender aos usuários”, concluiu.

Vistoria
Na última terça-feira (24/1), o prefeito Roberto Naves (PTB), vistoriou o almoxarifado da Semusa. Acompanhado da secretária de Saúde, Luzia Cordeiro, ele confirmou que já tinha sido levantado pela imprensa local – que havia medicamentos vencidos no local. O prefeito lamentou a perda que faz falta à rede pública e comunicou que será preciso gastar dinheiro para incineração dos produtos vencidos.

Luvas, seringas, anticoncepcionais, antiácidos como a Ranitidina, canetas para aplicação de insulina em diabéticos, espátulas para exames ginecológicos, máscaras cirúrgicas, remédios para hipertensão e kits de sorologia para testagem de HIV. Esses são alguns itens com data de validade vencida que foram encontrados no almoxarifado.

Além do prazo de validade, outro problema ficou em evidência durante a vistoria: o galpão onde os remédios estão armazenados não tem ventilação adequada, tem infiltrações e mofo. O prefeito não soube quantificar qual o prejuízo para os cofres públicos, mas lamentou o fato de que usuários do SUS reclamam da falta de medicamentos enquanto vários insumos serão descartados.

Informatização
A secretária municipal de Saúde, Luzia Cordeiro, disse que a Prefeitura de Anápolis já entrou em contato com o Ministério da Saúde para implantar o Hórus, sistema nacional de gestão da assistência farmacêutica, de acesso on-line. O software permite o controle e distribuição de medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) possibilitando o registro dos medicamentos que o paciente utiliza. “Esse mecanismo facilita o gerenciamento eletrônico do estoque e verifica as datas de validade, por exemplo, evitando esse desperdício”, falou Luzia, que prometeu “organizar a situação” em 90 dias.

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