Filha de dançarina assassinada recebe ameaças

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A filha da dançarina goiana de funk Amanda Bueno, morta aos 29 anos no Rio de Janeiro, está sofrendo ameaças pelas redes sociais. A estudante de 11 anos levou ao conhecimento da Polícia Civil as mensagens ofensivas que tem recebido.

A jovem postou em sua página em uma rede social uma mensagem que recebeu em tom de ameaça. A postagem dizia que “sirva de exemplo para você e as mulheres”, se referindo ao assassinato de sua mãe. Na publicação filha da dançarina, pede que seus amigos denunciem o homem que enviou o texto.

Valsirlândia Lopes Sena, tia da menina e irmã de Amanda, disse que o usuário que postou a mensagem já foi bloqueado e que a garota não o conhece. Apesar disso, a estudante não teve excluir sua conta na rede social.

A menina ainda está muito abalada e de acordo com familiares, ainda não retornou à escola após a morte da mãe. “Ela está tentando se recuperar, mas quando fica sozinha, começa a chorar, ainda sente muita falta da mãe. Parece que [o homicídio] foi hoje”, diz.

 

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Polícia
As postagens ofensivas a menina já são investigadas pela polícia Civil. De acordo com o delegado titular do 1ª DP de Anápolis, Daniel Nunes Guimarães, a família registrou ocorrência pelo crime de injúria. A polícia agora vai buscar informações junto à rede social para proceder com a investigação.

O delegado acredita que se o autor da postagem for pego e condenado, pode pegar de um a seis meses de prisão devido ao crime ser considerado de menor potencial ofensivo.

Homicídio
O crime ocorreu na casa onde Amanda morava com o noivo, na região da Posse, em Nova Iguaçu (RJ). Segundo a polícia, no vídeo que mostra o homicídio, é possível ver que Miltinho pegou a vítima pelo pescoço, bateu com a cabeça dela 11 vezes em uma pedra do jardim e deu 10 coronhadas na cabeça dela. Em seguida, entrou em casa, vestiu o colete à prova de balas e se armou com um revólver, três pistolas e uma espingarda calibre 12. Ao passar pelo corpo, deu tiros com a pistola e com a espingarda no rosto da vítima.
Após a morte, Miltinho saiu, rendeu dois homens e roubou um carro, mas foi preso logo depois do crime, ao capotar durante fuga da polícia. Quatro armas, incluindo uma escopeta semelhante à que aparece no vídeo, foram encontradas no veículo.

Após ser preso, Miltinho admitiu o assassinato, segundo afirmou o advogado Hugo Assumpção. O defensor destacou que ele alegou ter sofrido um “surto” e que está arrependido do crime. Em depoimento, no entanto, ele se reservou o direito de ficar calado, conforme esclareceu o delegado Fábio Raboso, responsável pelas investigações.

 

 

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