Ex-ferroviários de Anápolis participam de encontro para ampliar acervo de futuro museu

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JULIANNE TAVARES
Especial para o JE

Um resgate da história da Estação Ferroviária de Anápolis tem hora e data marcada para acontecer, através de um encontro que reunirão ex-ferroviários e seus familiares, além de pessoas que participaram da construção da linha férrea. O foco é o crescimento do acervo do museu da Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente.

A exposição agora é inicial. O principal objetivo é mostrar à população a história da ferrovia, resgatando toda uma memória da economia do município, potencial e logística da época. Com a mudança da capital do estado no início da década de 1930, havia essa linha da estrada de ferro, que ia de Araguari, em Minas Gerais, até Anápolis, onde estava situada a última estação ferroviária de Goiás.

O Museu Ferroviário ainda não está totalmente aberto à população. Nessa primeira etapa, o acervo que será mostrado faz parte do Instituto de Patrimônio Histórico e Cultural Professor Jan Magalinski.

jairoEm relação ao prédio da Estação Ferroviária, a obra de restauração ainda não está totalmente completa. Ainda falta concluir a parte sanitária, banheiros masculinos e femininos, e também os banheiros para portadores de necessidade especiais (PNE), além de alguns acabamentos internos. O presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Cultural Professor Jan Magalinski, historiador Jairo Alves Leite (foto), junto com o secretário de Cultura, Erivelson Borges, diz que não está medindo esforços para o término da restauração do futuro museu.

O café da manhã com uma roda de conversa com os ex-ferroviários será no dia 15 de outubro, com início às 9h, no prédio da antiga Estação Ferroviária, na Praça Americano do Brasil, no Centro. A reunião estará aberta à população e também para quem quiser colaborar com doações de artefatos dessa época da ferrovia.

Colhendo depoimentos para o acervo do museu, Jairo Alves Leite conta sobre João Florentino, um senhor com mais de 90 anos que esteve presente na época que a ferrovia ainda estava ativa. Ele começou a trabalhar 10 anos após a inauguração, em 1945, como carroceiro, mas não era funcionário da estação.

Em 1963 João Florentino participou da explosão dos trilhos, que na época era motivo de acidentes na região central da cidade. Ele acabou indo até o governador da época para tentar a reativação da ferrovia, pois acabou entendendo a importância econômica do modal.

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