Cuidados básicos de higiene podem evitar surto de gripe, ensina especialista

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Imunização e medidas preventivas simples podem ajudar a evitar surto de H1N1

ANA CLARA ITAGIBA

Na última semana foi confirmado que uma interna da Vila São Cottolengo, em Trindade, morreu devido à infecção por H1N1. Em menos de nove dias, oito pessoas também morreram no local, e a causa do outros setes casos está sendo investigada pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Na quarta-feira (14.mar), o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) confirmou que mais três internos que estão internados na UTI da unidade estão infectados pelo vírus.

Essa situação tem preocupado boa parte dos goianos, já que a Influenza A (H1N1), também conhecida como gripe suína, se propaga muito rapidamente. Considerada uma doença respiratória aguda, a sua transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio de tosse, espirro ou contato com secreções respiratórias comuns.

Ainda não há registros de casos de infecção por H1N1 em Anápolis, mas a reportagem do JE conversou na última quarta-feira com o coordenador de vigilância da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Júlio Cesar Spíndola, para saber se a população deve se preocupar com o que tem acontecido em Trindade. “Ainda não isolamos nenhum vírus H1N1 aqui na cidade, mas é importante que a população tome medidas preventivas”, salientou.

As medidas preventivas são as mesmas recomendas para a gripe comum. São elas: evitar manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada; lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca; sempre que possível, ter um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas; manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água; não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros; caso haja indicação, utilizar uma máscara para proteger-se de gotículas infectadas que possam estar no ar; evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas. “Andar com um frasco de álcool em gel é muito bom. São medidas simples que resolvem e previnem muitos problemas”, sugeriu.

A imunização também é fundamental para prevenir a doença. Em Anápolis a campanha deverá acontecer entre abril e maio, sendo que o dia D será no dia 5 de maio. As doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde serão destinadas apenas para os grupos considerados de risco. Estão dentro: crianças, professores, imunodeprimidos, profissionais da área da saúde, pessoas acima de 60 anos e pessoas em situação de cárcere. Quem se enquadra em qualquer um desses perfis, deve procurar uma unidade de saúde do município todos os anos para realizarem a vacinação.

Ainda não se sabe quantas doses o município deverá receber, mas, de acordo com o coordenador de Vigilância da Semusa, será uma quantidade específica para o grupo prioritário, que é definido conforme os dados do último IBGE. “Isso muda todos os anos. Com a alteração da população pode haver um acréscimo ou decréscimo do público alvo. Ainda não sabemos quantas vacinas virão”.

Já aqueles não se enquadram em nenhum desses perfis, mas quer manter a imunização em dia, deve procurar uma clínica particular especializada. “H1N1 é uma gripe mais severa. A nossa vacina, por exemplo, protege contra quatro tipos diferentes de influenza. A H1N1, a H3N2, influenza B e, se eu não me engano, a H3”, explicou Júlio Cesar.

Sintomas
Os sintomas são muito parecidos com a gripe comum, são eles: dores no corpo, diarreia, náuseas, vômito, febre, calafrios, fadiga, congestão nasal, nariz escorrendo, espirros, dor de cabeça, dor de garganta e tosse.

Tratamento
O indivíduo que for infectado pela doença deve ser isolado, em ambiente hospitalar, para evitar a propagação. O tratamento envolve antiviral, que reduz a capacidade do vírus de se replicar; analgésico para aliviar as dores no corpo e antiinflamatório para diminuir a inflamação e reduzir a febre. Durante todo o tratamento, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe médica.

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