Polícia Civil descarta por enquanto hipótese de venda gêmeos nascidos em maternidade de Anápolis

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FERNANDA MORAIS

A Polícia Civil continua investigando o caso da possível venda de gêmeos recém-nascidos em Anápolis. Por enquanto está descartada a hipótese de venda das crianças para um casal que pagou pelas últimas consultas e a cesariana. Isso porque o pai registrou os bebês, afastando a hipótese de doação irregular.

Os bebês nasceram na Maternidade Dr. Adalberto Pereira da Silva no dia 30 de junho, mas continuam internados na unidade hospitalar. A suspeita da venda das crianças surgiu exatamente pelo fato de os pais biológicos serem pessoas de baixa renda que pagaram pelos procedimentos tomados para o nascimento dos gêmeos.

Após suspeitarem da possibilidade, funcionários da maternidade acionaram a Polícia Militar e o Conselho Tutelar de Anápolis, que repassou o caso para o mesmo órgão da cidade de Campo Limpo, já que os pais moram na zona rural do município vizinho a Anápolis.

A conselheira responsável pelo acompanhamento da família, Maria José, confirmou, por telefone, que o pai biológico realmente registrou os bebês para conseguir fazer o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) já que a menina, apesar de saudável, nasceu com baixo peso e deverá permanecer por mais tempo na maternidade.

A mãe biológica afirmou, desde o início da investigação, que o casal que ajudou nas despesas com o pré-natal é amigo da família e que os dois fizeram tudo por caridade. Especula-se ainda que os bebês seriam batizados pelo casal, que também confirmou essa versão em depoimento a Polícia Civil.

Maria José disse ainda que, assim que a mãe e os gêmeos saírem do hospital terão acompanhamento contínuo do Conselho Tutelar de Campo Limpo. “Temos que esperar a Polícia Civil concluir o inquérito para saber quais providências tomaremos então. Mas a tendência é que, caso seja realmente descartada a hipótese da venda dos bebês, a guarda continua com os pais biológicos que terão suporte do Conselho Tutelar”, concluiu.

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