Tempo de filiações
Editorial
A filiação a um partido político de membros da sociedade que tenham alguma participação em projetos de interesse coletivo deve ser incentivada, sobretudo em um processo de renovação de quadros – necessária de tempos em tempos – e pregada por muita gente quando se fala em administração pública.
Não é o caso de querer banir da vida pública aqueles que já estão nela há um bom tempo. Em primeiro lugar, porque a candidatura a um cargo eletivo é direito do cidadão, basta cumprir os requisitos impostos pela legislação. Embora pareça não ser maioria, ainda há muita gente da velha guarda fazendo política de forma honesta e voltada aos interesses gerais.
O sangue novo na política representa propostas diferentes, ânimo renovado e obriga aqueles que já estão no poder a se movimentarem. Até quando o iniciante não é vitorioso nas urnas ele acaba exercendo esse papel de mudar o status quo durante a campanha. Políticos profissionais não são fáceis de serem batidos, mas precisam saber ao menos que não são invencíveis.
Cabem aos partidos esse incentivo de ampliar os quadros com pessoas de bem, dispostas a se dedicarem à política. A agremiação que não faz isso é porque tem no comando chefes que rechaçam a possibilidade de que um dia possa surgir alguém que brilhe mais que ele. E isso, convenhamos, é um comportamento contrário até para aquele que só sonha em ser um dia reconhecido como alguém que tentou ser um estadista.
Para a população de um modo geral a disputa eleitoral de 2016 está muito longe. Para os políticos o processo já começou faz tempo. Em outubro vence o prazo para que sejam filiados aqueles interessados em disputar o próximo pleito. Em Anápolis a movimentação ganha corpo justamente nesse ponto de se buscar caras novas: as siglas já avaliaram faz tempo o que deu certo da disputa anterior e, lógico, estão dispostas a fazer novas experiências.
E é nesse ponto que entra a necessidade da renovação, mas que venha acompanhada com qualidade. É como aquela máxima, que diz que pessoas de bem precisam a começar a se ocuparem da política, antes que só os maus intencionados sejam os donos do poder.