Estudantes de Paranaiguara desenvolvem projetos inovadores
O envolvimento dos alunos na cooperativa tem demonstrado não apenas conhecimento técnico, mas também um espírito empreendedor que visa beneficiar a comunidade escolar (Foto: Wallace Yamamoto)
Publicado: 22.12.2023
Alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Bartolomeu Bueno da Silva, situado em Paranaiguara-GO, têm se destacado com projetos inovadores. Na busca por soluções que melhorem a segurança e o bem-estar na escola, desenvolveram um sensor de umidade e temperatura, um sistema de biometria, hortas automatizadas e a formação de uma cooperativa para auxiliar na renda familiar deles.
Aliás, a cooperativa dos alunos é um dos projetos concorrentes ao Prêmio Jovens Visionários, da seguradora Prudential do Brasil. Segundo o professor de Matemática e coordenador dos trabalhos, Wallace Yamamoto, os estudantes foram capacitados em formações digitais, com cursos do Sebrae, em parceria com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), aprimorando suas habilidades em marketing digital para atender empresas locais.
PROJETOS INOVADORES
Recentemente, o Cepi Bartolomeu Bueno da Silva conquistou a 3ª colocação na etapa estadual do Programa Estudantes de Atitude. Os projetos citados foram potencializadores desse reconhecimento, concretizado com a premiação de R$ 18 mil à unidade escolar.
O envolvimento dos alunos na cooperativa tem demonstrado não apenas conhecimento técnico, mas também um espírito empreendedor que visa beneficiar a comunidade escolar. Além disso, vem sendo um fator positivo contra a evasão escolar que o Cepi vinha enfrentando nos últimos anos.
A cooperativa, foi pensada como uma formação profissionalizante, para que estes alunos não entrassem no mercado de trabalho de forma tão brusca, com subempregos (Foto: Wallace Yamamoto)
De acordo com o professor Wallace, os alunos que vão chegando no ensino médio, têm a necessidade de ter uma renda, de ajudar em casa, e eles estavam saindo da escola.
“Estávamos com alto índice de evasão escolar por conta disso. Alguns iam para a escola regular, outros já paravam de vez de estudar para trabalhar o dia inteiro”, ressalta.
Segundo o professor, a cooperativa, foi pensada como uma formação profissionalizante, para que estes alunos não entrassem no mercado de trabalho de forma tão brusca, com subempregos.
“Trabalhando muito, ganhando pouco, parando de estudar, se desgastando mentalmente, fisicamente”, reforça o professor.
AUTOMATIZAÇÃO PARA MAIS SEGURANÇA E SUSTENTABILIDADE
A equipe de Robótica da escola também tem se empenhado em um sistema de coleta de biometria para fortalecer a segurança no ambiente escolar e contribuir no controle de frequência e do consumo da Merenda.
Esta é uma iniciativa que já vem dando certo em colégios estaduais da região do Entorno do Distrito Federal, mas que, agora, vem sendo implementada no Cepi Bartolomeu Bueno da Silva.
Escola também tem se empenhado em um sistema de coleta de biometria para fortalecer a segurança no ambiente escolar e contribuir no controle de frequência e do consumo da Merenda (Foto: Wallace Yamamoto)
Outro projeto desenvolvido pela equipe consiste em um protótipo de sensor que controla a temperatura e a umidade das salas de aula, ao ativar e desativar dispositivos, como o ar-condicionado e climatizadores, melhorando o ambiente e, ainda, economizando energia.
O sistema também conta com medidas de segurança como alarmes por sensores a laser e a automação da iluminação das salas, contribuindo para a eficiência energética do espaço.
Além desses, há ainda o projeto de automação da horta escolar, focado na irrigação automatizada para promover a sustentabilidade e o aprendizado prático dos estudantes. O professor Wallace ressalta que a participação ativa dos alunos foi essencial para o desenvolvimento das ideias.
“Foi tudo desenvolvido com muito protagonismo deles. A biometria, por exemplo, surgiu da preocupação com a segurança após incidentes em outras instituições. E a nossa esperança é que consigamos automatizar toda a escola”, complementa.
PLANOS PARA 2024
Com olhos voltados para o futuro, os alunos já planejam a implementação prática dos projetos, inclusive a produção das placas de circuito dos sensores para a instalação nas salas de aula no próximo ano.
Adicionalmente, os estudantes trabalham no desenvolvimento de um aplicativo para correção automática de gabaritos de simulados, visando otimizar o tempo dos professores e melhorar a qualidade do ensino.
Com expectativas para 2024, a equipe do Cepi Bartolomeu Bueno da Silva tem o objetivo de participar de premiações que reconheçam tanto os projetos de robótica quanto à iniciativa empreendedora da cooperativa.
Editado por Márcia Fabiana via Secretaria da Educação – Governo de Goiás