Goiás investe R$ 16 milhões em pesquisa e sustentabilidade no rio Araguaia

rio araguaia
Biólogo Fabrício Barreto, coordenador do subprojeto Turismo e Pesca do programa Araguaia Vivo, realiza análise da qualidade da água do rio Araguaia como parte das ações de monitoramento ambiental (Foto: Fapeg)

Publicado: 26.07.2024

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) está investindo cerca de R$ 16 milhões no programa Araguaia Vivo, destinado à preservação e sustentabilidade da bacia do rio Araguaia.

O projeto, iniciado em julho de 2023 e com conclusão da primeira fase prevista para julho de 2026, abrange pesquisa científica, educação ambiental, inovação tecnológica e levantamento da biodiversidade, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável na região.

Executado pela Tropical Water Research Alliance (TWRA), uma organização científica sem fins lucrativos, o programa tem a coordenação dos biólogos Mariana Pires de Campos Telles e Ludgero Cardoso Galli Vieira. Mariana explica que o programa inclui 11 atividades, parte delas com uso de tecnologias avançadas, como estudo de DNA ambiental (eDNA), sensoriamento remoto e drones.

“Esperamos que as comunidades possam se apropriar dos conhecimentos e técnicas que estão sendo desenvolvidas”, diz.

TURISMO E PESCA NO RIO ARAGUAIA

Durante a temporada do Araguaia, a equipe do subprojeto Turismo e Pesca, liderada pelo professor Fabrício Barreto Teresa, está monitorando espécies de peixes e o perfil dos turistas.

“Pescadores serão entrevistados pela nossa equipe que busca informações sobre quais as espécies capturadas, o tamanho desses peixes, a quantidade pescada, o tempo que ficaram pescando, entre outras”, detalha Fabrício.

Pescador no rio araguaia
Crispim Pereira, guia local, colabora com pesquisadores do programa Araguaia Vivo na preservação das espécies de peixes do rio Araguaia (Foto: Fapeg)

Os pesquisadores envolvem guias turísticos locais na coleta de dados. O trabalho é realizado nas regiões dos municípios de Aruanã, Bandeirantes, Luiz Alves e São Félix do Araguaia e vai gerar dados inéditos sobre a pesca esportiva ao longo do rio.

Os resultados parciais já apontam para a realização de aproximadamente 400 pescarias registradas e a identificação de espécies ameaçadas de extinção.

O presidente da Fapeg, Marcos Arriel, enfatiza o impacto transformador do investimento.

“O apoio ao projeto é fundamental para a conservação do nosso patrimônio natural. Estamos investindo em pesquisa científica de ponta para garantir um futuro sustentável para o rio Araguaia e suas comunidades. Mas este esforço não só protege o meio ambiente, também impulsiona o desenvolvimento econômico e social da região”, ressalta Arriel.

 

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