Subestação da Celg em Anápolis tem capacidade duplicada

Inauguração da Subestação da CELG em Anapolis fotos Eduardo Ferreira

Inauguração da Subestação da CELG em Anapolis fotos Eduardo Ferreira

DA REDAÇÃO

Durante a solenidade de inauguração da ampliação da capacidade da subestação Pirineus, em Anápolis, nesta sexta-feira (9), não faltaram críticas do governador Marconi Perillo e do presidente da Celg GT, Fernando Navarrete, à política de diminuição da tarifa de energia elétrica praticada pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff durante seu primeiro mandato.

Fernando Navarrete disse que a empresa quase foi liquidada pelo governo federal ao final do ano de 2012 “durante aquela política eleitoreira de baixar a tarifa a qualquer custo”. Segundo ele, as receitas da Celg GT foram reduzidas em ¾.

Ele disse que a Celg GT resistiu “mostrando que Goiás não se ajoelha diante da crise, não só através de programas de ajustes fiscais, que são importantíssimos, mas também com programas de investimentos, graças à força que o governador deu à empresa naquela ocasião”.

O governador Marconi Perillo, por sua vez, disse que a crise que alimentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff se deu basicamente pelas escolhas erradas. “Uma decisão do governo federal quase liquidou o sistema elétrico brasileiro. Não só o público, mas também o privado. Foi uma decisão demagógica, completamente equivocada. Se o Brasil passa por essas dificuldades econômicas hoje, nós devemos muito as escolhas erradas feitas pelo governo há algum tempo”, criticou.

Faturamento
A título de exemplo dos prejuízos advindos das medidas adotadas no governo passado, Marconi lembrou que a Celg GT saiu de um faturamento de R$ 70 milhões por ano para uma arrecadação de R$ 11 milhões. “Nós chegamos a um milímetro para decidir pelo fechamento da GT. Não fechamos porque fomos tenazes. Decidimos que íamos persistir, enfrentar os problemas e vencê-los”.

Passado este período e depois de alguns investimentos, a Celg GT chega agora a um faturamento de R$ 50 milhões. Em junho do ano que vem, a expectativa, de acordo com projeção feita pelo Inauguração da Subestação da CELG em Anapolis fotos Eduardo Ferreira governador, é a de que se chegue a um faturamento de R$ 150 milhões anuais. “Essa é a demonstração mais inequívoca de que quando a gente faz as coisas com planejamento e seriedade, competência e eficiência, elas dão certo”, salientou Marconi.

Ele voltou a criticar o que chama de decisões equivocadas do passado em âmbito estadual. Referindo-se à Usina de Cachoeira Dourada, disse que, vender uma geradora que dava muito lucro – como Cachoeira Dourada – foi um equívoco, uma má escolha no passado.

“Ela foi importante para fazer obras eleitoreiras na época. Mas para a Celg foi um tiro no coração. A Celg D ficou uma empresa inchada, com quase quatro mil funcionários, deficitária, sem dinheiro para novos investimentos. Não há outro caminho hoje. Ela tem que ser privatizada mesmo. Quem fala que a Celg não deve ser privatizada é porque não está no governo e não conhece a realidade dos fatos”, observou.

Privatização
Quem comprar a Celg terá que investir R$ 2 bilhões em dois anos. “Para o nosso estado crescer mais, precisamos de energia, dependemos de novas subestações, novas linhas de transmissão e distribuição. Isso só será feito pelo setor privado”, declarou.

O governador disse ainda que a Celg GT, oriunda da Celg D, virou hoje uma empresa enxuta, com apenas 160 funcionários. “Desde que nós vivenciamos aquela crise, a Celg GT já conseguiu entrar em leilões que lhe permitem ter agora e no futuro 200 megawatts de geração própria. Isso significa 1/3 da geração de Cachoeira Dourada. Isso significa também a viabilização definitiva da Celg GT como empresa 100% pública”.

Por fim, Marconi lembrou que não há um centavo de financiamento nos investimentos todos que foram feitos em geração, em linhas de transmissão e na construção de subestações rebaixadoras. Os R$ 15 milhões que foram disponibilizados para duplicação da subestação Pirineus, que foi construída no segundo governo de Marconi, saíram do caixa próprio da empresa. A Celg GT tem em caixa hoje R$ 60 milhões para investir em novas frentes de trabalho.

A ampliação inaugurada na sexta-feira duplicará a potência atual, de 225 megawatts para 450 megawatts. O retorno estimado é de R$ 48 milhões de receita ao longo do período de concessão. A fonte de transmissão garantirá o suprimento com mais energia para Anápolis, Abadiânia, Corumbá, Pirenópolis e Alexânia, e agregará R$ 1,8 milhão de receita anual à Celg GT até o ano de 2043.

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